segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Pensadores .'.


Com a revolução industrial, as fábricas racionalizaram medidas que revolucionaram a produção de bens de consumo. Ações que originaram uma corrente de mudanças graduais com o tempo. A divisão de tarefas em linhas de montagem; O trabalho cronometrado; A terceirização de serviços; Os prêmios por produtividade; As diferentes formas de controle de qualidade; A evolução das leis trabalhistas; A segurança do trabalho; A valorização do capital social dos recursos humanos; A produção colaborativa; etc. Ações determinantes na recriação das relações sociais.

A evolução societária é diretamente proporcional aos mecanismos utilizados na produção de riqueza. Influenciada pelos dogmas religiosos e pelo sistema de governo. Dos feudos aos burgos; Das tribos às metrópoles e distritos industriais. O capitalismo emerge como modo dominante. Revitalizando a lei do mais forte em um mundo onde conhecimento é poder. Ao mesmo tempo que ter boas conexões é fator diferencial. Vivemos em uma sociedade em rede. Um ecossistema biotecnológico onde emergem as formas artificiais de inteligência.

Enquanto nos esforçamos na tentativa de trabalhar em prol da coletividade, o individualismo se torna evidente nas disputas ideológicas. Impulsionado pelo isolamento presencial (causado pelo crescimento proporcional das interações mediadas). Neste sistema, em meio à heterogeneidade de um ambiente plural e cosmopolita, ainda existem ideologias dominantes e unilaterais conduzindo a massa passiva de formigas operárias. Apesar de saber disso, a maioria hesita em contestar os conceitos superados de tempos remotos em nome da obediência hierárquica.

Apesar de tal realidade ser fato, o ciberespaço proporciona a possibilidade de construção de novos conceitos; Da revelação de novos caminhos; Da defesa de visões distintas em relação a temas importantes e determinantes no desenvolvimento coletivo e individual. Independente da formação, internautas  (pensadores do cotidiano, cronistas, críticos, autobiográficos, narradores, opiniáticos, estudiosos autodidatas e formadores de opinião) registram, nas mídias sociais, o manifesto de um novo tempo.

A convergência midiática, impulsionada pelos meios tecnológicos ubíquos de comunicação, aliada à conectividade, à interatividade, ao saber coletivo virtualmente compartilhado, nos conduzem ao império emergente dos prossumidores. Em um universo em que a iniciativa, a produtividade, a capacidade de produção de conteúdo alternativo, próprio e independente (livre de padrões pré-formatados e ideologias unilaterais) se torna o grande diferencial a quem tem a ousadia e a coragem de fazer os contrapontos necessários.

Juliano Dornelles 

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